quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Dois mil e seis

Alguns (vocês) suspeitarão sobre a época em que este foi escrito. Ele não tem nome e, como muitas coisas minhas, ficou pra ser terminado e nunca foi. Não está bom mas acho que se adequa à proposta do blog na medida em que este é meu primeiro post.

***

Eu perdi minha inocência de garoto
na fumaça exalada, minha inocência
às oito horas numa floresta de amigos
meus amigos não são mais garotos, eles
fumam na escuridão, a inocência exalada
os pés como raízes de planta, as cabeças
chacoalhando ao som dos ovos de Páscoa
que só nós vemos

Chegou a hora, oito horas, de mudar
os garotos da escada branca
repletos de inocência em fotografias
seguindo as garotas com os olhos que
serão traídos pelas garotas seguidas
os olhos infantis tão vermelhos de paixão

Os oito anos se dobram nas costas
as oito garotas já foram seguidas, os olhos
não foram traídos mas são vermelhos
pelas garotas que se foram -
uma folha seca na cabeça, prestes a
queimar como uma folha seca, deixando
os olhos tão vermelhos.
A escadaria branca ainda é branca
e os garotos ainda são homens na escadaria
criando imagens para o outro dia
com todos os olhos sangrando vermelho
esses garotos me apaixonam, de volta
ao mundo.

Respuro

As vezes eu não posso respirar, apenas.

Nada pode estragar o momento;

a ação da respiração

se intrusa na inspiração.

É preciso ver e ouvir o saloon

cheio de transpiração;

a ação real de toda uma geração

trans-perdida, tornada-trans

em pó...

e tudo, tudo e todos:

o medo, a chance e a vida-dí

quer mais...

o pó não incomoda;

se torna objeto final nas estranhas

da instigada geração que quica

e não pára, não pára...até o pó.

As vezes eu não consigo respurar;

o(s) será(ares) dos lugares é(são) muito puro(s)

para minha geração.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

We tiger

Que comece a peleja